terça-feira, 16 de outubro de 2012

Recomeço




















As finas mãos dos deuses poisaram pesadas
Sobre a minha cabeça.
Não me vieram fadar nem dar poderes especiais.
Cuspiram depois na minha face,
E com a sua saliva sagrada lavaram o medo.
Agora morro e renasço,
E em cada passagem pela minha escuridão,
Realinho o trilho e recomeço.
Alguns conhecem o caminho mas continuam perdidos.
Eu conheço a perdição, mas sigo o meu caminho.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Revolta


Os cravos esquecidos no chão
São a esperança deste povo que fenece,
E na boca das espingardas
O grito de raiva que ensurdece.
Na urgência da justiça,
Só murmúrios de fome e dor.
Acordem, flores pisadas!
Unam a voz às espingardas,
num único e forte clamor.