segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ninfa e Fauno



 



Na curva, à tua espera,
fauno sem luz nem cor,
desenho abraços na noite
e escrevo rostos nas estrelas.
Quando a tua sombra curvada
da espuma do cansaço se assomar,
acenderei a Lua para que me vejas.
Aqui estarei para me salvares,
por entre a noite, a madrugada e beijos de luar,
fingindo humanidade no tempo da eternidade,
ninfa escondida na eternidade do tempo.


Foto: Pan e Selene de Danae

1 comentário:

André Francisco Gil disse...

A cor da curva,aqui quando fuga
desenha na espuma o que não flutua
o cansaço te abraça e o tempo te salva
somas noturnas entre a eternidade.

A humanidade fingida num tempo de eternidade
aqui estarei entre os que já estão salvos
na curva ou na espuma a soma do cansaço
a cor do desenho e o noturno abraço.

Escrevo:curva e assombro a ninfa noturna
espero rostos contritos e acendo madrugadas escondidas e apagadas
as estrelas e o luar do fauno que beija a eternidade
luz e sombra vejo em tempo de luar.

Ninfa escondida num tempo eterno
o beijo da lua na madrugada noturna
veja o luar acendendo e assombrando transeuntes
na sombra dos rostos escrevo:estrelas
espero na curva sombrio a luz do fauno.